terça-feira, 31 de julho de 2007

Quando passado e presente tornam-se uno

Hoje fui visitar o pessoal que continua estudando no lugar onde eu formei meu terceiro ano... É assustador como um local onde a gente passa um tempo relativamente curto pode trazer tantas lembranças boas e ruins simultâneamente.
Primeiro ano, a memorável rebelião das havaianas, os tênis da galera da sala todos empilhados em cima do quadro, Dulcinéia entrando na sala e vendo aquela cena praticamente horrorizada, Ângela e Eduardo dançando forró na nossa sala, o dia que eu percebi que chovia dentro da sala, quando eu dormi e bati a cabeça na parede e a Sarah do meu lado chorou de rir, as aulas chatas, a ansiedade do novo, o drama que a gente fez pra ficar na mesma sala, algumas festinhas de 15 anos memoráveis...
Segundo ano, éramos os mais velhos daquela parte da escola, começavam a entrar o pessoal de 7ª e 8ª. Todo ano rola a missa de início do ano e pra 7ª e 8ª disseram que eles iam ter de ir no primeiro dia de aula com o tal do uniforme de gala. A gente pensa: "caraca, a gente tem que descer e ver isso!", umas " crianças" que entravam na escola e não sabiam onde enfiar a cara, com aquele uniforme igual ao do McCafé, mortas de vergonha sendo alvo da atenção de, bem, todo mundo, as farras, as zoações, nossas composições musicais, o dia que o pobre pássaro bateu na janela atrapalhando a aula, os feriados não imendados, nosso fabuloso esquema de cola de listas de física, as representações dos meninos durante o Hino, o tempo que os professores passaram dizendo que "semestre que vem" nossa sala seria desfeita, os bilhetinhos, nossos cadernos de conversa, a vez que o Giovanni foi procurar o dever da Cris num deles e a gente quase surtou, o dia que roubaram o iPOD da Maria, o modo como a gente simplesmente adorava quando separavam nossa turma pras aulas de laboratório... E o ensino médio já tinha passado da metade!
Terceiro ano, ano que quem já tinha nota no PAS levava na flauta, quem não tinha, também pouco fazia. A pressão psicológica por causa do vestibular, o novo prédio que era péssimo, as paredes que se moviam, o tumulto pra sair daquele death hallway, a estrutura de presídio do local, galera pulando a janela pra conseguir chegar na cantina mais cedo, o big brother da nossa sala, o dia que colocaram pasta de dente no Soneka, nossas discussões acerca do FAS, a aula de música onde vimos toda a arte alternativa que alguém tinha feito na carteira (que por alguma sorte a gente sempre acabava sendo "atraído" para esses lugares), nossos gráficos - e que ninguém, JAMAIS, ponha as mãos nesse negócio -, a incrível disposição da turma em cooperar fazendo nada pro Galoisrtes, o dia que a gente pintou o Marcelo de azul, a galera que foi embora no meio do ano, o dia que me drogaram na enfermaria, quando os meninos pularam a janela e roubaram os enfeites de uma pseudo-árvore de Natal que tava lá fora, os avisos que a gente nunca conseguia ouvir até o final, Paulo tirando pessoas de sala, as fofocas e finalmente, o RIO!
Segundo ano, a gente achava que o pessoal lá era pau mandado demais pro nosso gosto, então resolvemos agir para desvirtuá-los, afinal, a falta de contato deles com o pessoal do terceiro, no caso, éramos nós mesmos, os fez ficarem muito submissos às regras da escola. Onde já se viu a escola mandar você desligar seu celular durante as aulas e você REALMENTE obedecer?! A gente achou aquilo tudo muito errado, e alguém tinha de dar um jeito nisso. "It's a dirty job, but someone's gotta do it!" - E é, um trabalho realmente muito sujo, mas se nós não o fizessemos, quem mais haveria de fazer? Meninos tomando ocorrência ou suspensão em uma das últimas semanas de aula e na semana seguinte são encontrados no banheiro feminino da escola fazendo sabe lá Deus o quê. Acho que eles perderam a aula de "como inventar uma desculpa convincente", mas no final deu tudo certo, ninguém foi suspenso, graças a história da Bruna, né, iuhaiuahuaa... O mais legal era depois relatar essa história pra pessoas que também estavam lá dentro e ouvir o seguinte comentário: "ah, por que vocês não me chamaram pra ir com vocês?!" ou ouvir desses mesmos meninos, que quase foram suspensos, algo como: "valeu meninas, foi um prazer matar o último horário com vocês!", o cavalheirismo de um deles querendo safar a gente da confusão e quase deixando a culpa toda recair sobre eles mesmos, o fato de que a gente não ia deixar que eles fizessem uma coisa dessas, e como até hoje essa história rende boas risadas!
Primeiro ano, boa parte deles nem são mais novos lá, criaram 7ª e 8ª série, né, e muitos daqueles foram os primeiros formandos da 8ª série naquela escola. Até entrar no cursinho, eu podia jurar que eles eram o pessoal mais pornográfico que tinha, depois do cursinho é incrível como seus horizontes se espandem e você vê que aquele pessoal que você antes julgou como extremamente pornográficos, são super bonzinhos comparados com a galera do cursinho! O.O A estranha sensação de conhecer alguém que já me conhecia, mesmo que antes eu nunca tivesse nem visto nem ouvido falar nele e o pior, uma ligação deste para um dos melhores amigos, alguém que eu já conhecia tinha um tempo, onde o pronome aquela seguido de um substantivo próprio, meu nome, fez todo o sentido do mundo pra quem tava do outro lado da linha, como quando a gente não conhecia praticamente ninguém eles foram extremamente receptivos conosco, algo que a gente com certeza não esperava em se tratando de pessoas do Galois, pessoas que pelo menos no nosso ano, o terceiro, a gente tava acostumado a ver passar pelos corredores de cara fechada, poucos amigos, arrogância, entre outros, como na nossa viagem de ida as pessoas só olhavam pra gente, e com caras horrorizadas, quando a gente falava alguma besteira, como a galera lá é unida, ao contrário do que nós éramos, como mesmo depois de 6 meses eles ainda são capazes de me surpreender, de forma positiva, e como as vezes eu me vejo pensando neles de forma diferente.
E hoje voltar ao lugar da onde eu sai e ver minhas histórias do passado se cruzarem com a rotina deles, ver que o que eu passei é a mesma coisa pela qual hoje eles passam, as mesmas reclamações, o misto de curiosidade a ansiedade pelo novo... Meu passado e o presente deles, a mesma coisa. E, será sempre assim. A gente termina uma etapa da vida enquanto outros estão começando...
Eu só espero que em algum momento essas pessoas com quem a gente conviveu durante um breve espaço de tempo, e algumas convive até hoje, se diverte, descobre coisas novas, levem alguma coisa positiva desse tempo que passaram conosco. E, se ONU Jr desse ano não coincidisse com o PAS terceiro ano, eu gostaria que aquela galera fosse lá na frente do ônibus, se emocionar com a galera nova que tava ali e passar pra eles todo o incentivo, a motivação e a paixão pelo mundo das simulações que a gente tentou passar pra vocês ano passado.
Também espero reunir o pessoal mais vezes, nem que seja pra reunir aquelas 5 pessoas que foram pro Pontão aquele dia, pra gente rir, jogar conversa fora, e, é lógico, marcar de sair mais vezes com aquelas 2 pessoas de semana passada, porque, sério, sempre rende novas histórias pros nossos próximos encontros, já perceberam?! ihaiuauiaa...
POVO DAS SIMULAÇÕES, VOCÊS SÃO O QUE DE MELHOR HÁ NO GALOIS!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Fix You

When you try your best but you don't succeed - quem é que não conhece esse sentimento de nadar, nadar, nadar e morrer na praia?
When you get what you want but not what you need - e quando a situação que se tem em mãos é exatamente o oposto disso, assim, você tem o que precisa, mas o que você precisa não é o que você quer?
When you feel so tired but you can't sleep - disso eu entendo, e oh como entendo... Afinal, dormir de noite é quase um mistério pra mim.
Stuck in reverse - eu acho que a minha vida segue por esse rumo...
When the tears come streaming down your face - é nessas horas que a gente nunca tem ninguém...
When you lose something you can't replace - já me aconteceu, mas o que eu achava que era insubstituível acabou não sendo o pior que poderia acontecer.
When you love someone but it goes to waste - já sou experiente com isso. De alguma forma e por alguma razão eu sempre me vejo nessa situação. Seria Lei de Murphy?
Could it be worse? - É claro, afinal, nada está tão ruim que não possa piorar. (pensamentos sempre otimistas!)
Lights will guide to home - vão? Porque eu sinto que to perdida há anos e as luzes não me levam a lugar nenhum!
And ignite to bones - é? Eu venho esperando por esse sentimento arrebatador a outros tantos anos, mas já começa a me ocorrer que essas coisas não são pra mim...
And I will try to fix you - sério mesmo? Porque se você vier, e quiser, pro que der e vier...
And high up above or down below
When you're too in love to let it go - novamente, isso sempre me acontece com as pessoas erradas... Uma vez na vida eu gostaria honestamente de me apaixonar por alguém que também gostasse de mim...
If you never try then you'll never know - esse não é meu problema, porque eu to disposta a tentar, mas não dá pra fazer isso sozinha, infelizmente.
Just what you're worth - o que pelo meu retrospecto faz-me crer que não é lá muito...
Lights will guide to home - ...
And ignite to bones
And I will try to fix you
Tears stream down your face - normal, já to acostumada...
When you lose something you cannot replace - quando não temos mais nada a perder, tudo é possível, só não muito provável...
Tears stream down your face
And I...
Tears stream down your face
I promise you that I'll learn from my mistakes - já eu não prometo nada, porque eu sou a rainha de errar, errar, errar e não conseguir aprender nada com isso...
Tears stream down your face
And I...
Lights will guide to home
And ignite to bones
And I will try to fix you - por favor.